Enquanto muitas meninas pensavam no modelo de vestido branco, no par que as acompanhariam na valsa do sonhado debut de 15 anos, eu escutava rock, vestia roupas pretas, usava aparelho nos dentes e não aceitava a ideia de deixar o cabelo crescer. Salto 15 então, nem pensar...
Eu não sabia o que significava moda, mas sabia que ter estilo era uma questão de bom gosto. O pós 15 anos não me fez somente virar menina moça, mas me tornou uma menina diferente, afinal, as pessoas crescem, mudam de pensamento e de repente passam a gostar de coisas diferentes. Eu me deparei com meninas calçando sandálias de plástico e quem não tivesse uma Melissa nos seus pés não fazia parte daquele grupo. Sim! O mundo já era competitivo!
Lembra do modelo Aranha?
"Moda, tendências ou comportamento do consumidor, não faziam parte dos meus conhecimentos, mas apenas com 15 anos de idade sem saber quase nada do mundo já possuía um pensamento consumista."
Além disso, bastasse o meu trauma de infância com a invenção dos tamagochi quando só eu na escola não tinha um e também quando as sandálias de plástico da Xuxa não cabiam mais em meus pés, por nada nesse mundo eu queria ficar fora do clube da Melissa. Por isso o dinheirinho ganhado na festa dos meus 15 anos realizou o meu sonho de consumo, a Melissa aranha transparente inspirada nas sandálias usadas pelos pescadores da Riviera Francesa. Nos meus 15 anos eu era a menina moça mais feliz do mundo.
Para conseguir as Melissas futuras eu tive que além de desejar, argumentar. Tive de convencer a minha mãe que Melissa não é apenas um calçado de plástico e sim um estilo de vida. E se alguém dissesse que aquela sandália provocasse o suor nos pés, odor desagradável ou que rasgaria, apanharia... Até rimou.
Naquela época, os preços das Melissas eram altos e os modelos poucos. Esta moda atingiu tantas meninas, e logo passou. Vieram outros calçados no mercado, algumas meninas deixaram de ser fiel ao produto. E eu, mesmo tendo poucos modelos para calçar, sempre dei um jeito de comprar meias coloridas estilo Dancing Day´s para inovar o jeito de calçar uma Melissa. Até conseguir dinheiro para comprar uma da nova coleção.
Muitas coisas aconteceram de quando eu tinha 15 anos até agora. Fui rockeira, andei com amigos góticos, já usei Melissa cor de rosa, fui em festas luxuosas usando um modelo rasteira e já economizei no lanche da escola para ter uma Melissa nos meus pés. Além de já ter combinado o look com jeans, bermudas e vestidos de gala. E até representei as Frenéticas na escola usando Melissa.
Ter este calçado em meus pés é como ser boneca, nunca envelhecer, nunca perder o cheiro. Elas não acompanham relógio, colar ou bolsinhas como as da Xuxa, mas possuem um cheio de chiclete com tutti-frutti inexplicável, além de um valor simbólico e modelos que agradam todos os gostos.
Meias coloridas, rock and roll e sandálias de plástico. Não tem como esquecer tudo o que já vivi calçando uma Melissa. Como eu disse, nos meus 15 anos eu nem sabia o que era moda, mas já sábia escolher o meu calçado preferido.
A Melissa com a sua rica história no mercado já passou por várias tendências. Mas hoje a minha história continua na Manga Rosa, a nova revendedora de Melissas em Ijuí.
Faça como eu e continue com a sua história de Melissa, passe na Manga Rosa e conheça a nova coleção Melissa Amazonista Outono/ Inverno 2011.
Por: Nay Back
Quem sabe você não será a nossa próxima blogueira?
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